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22/11/2010

CONTAGEM DAS ABÓBORAS

ESTE CORDEL É UMA HOMENAGEM QUE  DEDICO A CIDADE DE CONTAGEM/MG

















A Coroa Portuguesa
Com nosso país ocupado
Mantinha o Brasil - Colônia
Totalmente controlado
Todo Bem e produção
Era contado e tributado

Aqui cruzavam duas rotas
O Registro da Encruzilhada
Considerado um local ideal
Do viajante fazer parada
Também de um posto fiscal
Para a carga ser contada

Para que as Comarcas
Cumprissem a obrigação
Com o fiscal da coroa
Era feita a verificação
E procedida a contagem
De toda a produção.

Em razão do lugarejo
Ser rota de passagem
E um local propício
De fazer uma checagem
É que surgiu o nome
Da cidade de Contagem

Contam que a cidade
Não teve fundadores.
Quem construiu Contagem
Foram os trabalhadores
Em busca de oportunidade
Os grandes precursores

O Município se originou
De um pequeno povoado
Eram os homens das Bandeiras
Com escravos e bem armados
Os exploradores a procura
De pedras e metal dourado.

O apelido Das Abóboras
Como antes era chamada
Se deu devido a fruta
Que na época era plantada
Pelos os heróis bandeirantes
Demarcando onde passava

Foi erguida uma capela
São Gonçalo do Amarante
Conhecido na região
Como protetor do viajante
Hoje no lugar construída
Uma igreja elegante

Em Mil novecentos e onze
Foi elevada de arraial
A condição de município
Um local que era rural
Hoje está entre as quatro
Maiores da capital

Para superar o atraso
Econômico Mineiro
O então governador de Minas
Doutor Israel Pinheiro
Inaugurou a Cidade Industrial
Atraindo emprego e dinheiro

O progresso foi rápido
Teve bom planejamento
Logo foi instalada a Itaú
Grande fabrica de cimento
Que junto da Magnesita
Marcou o desenvolvimento

Depois foi implantado o CINCO
Centro Industrial de Contagem;
E a CEASA de Minas Gerais
Escolhido aqui para montagem
Que é orgulho da cidade
Por receber essa homenagem

Contagem ficou marcada
Todos devem se lembrar
Da greve dos metalúrgicos
Em pleno regime militar
Somou a democracia
Mais história para contar

O surgimento do Eldorado
Verdadeiro centro comercial
Fez da Avenida João César
Grande e importante radial
Ligando com a Via Expressa
Ao centro da capital

As fábricas existentes
Que geravam poluição
Ou foram extintas
Ou receberam imposição
De adequar suas máquinas
Para a nova condição

Hoje a cidade cresceu
Ficou em melhor condição
Temos metrô de superfície
Que facilita a condução
E muitas linhas de ônibus
Fazendo a integração

Contagem tem a feirinha
De artesanato mineiro
Todo sábado e domingo
Só de produto caseiro
Onde se compra de tudo
Sem gastar muito dinheiro

Contagem tem: o Eldorado, o JK
Santa Cruz, Maria Conceição.
Bernardo Monteiro, Água Branca
Glória, Riacho, São Sebastião
Perobas, Beatriz, Fonte Grande
Três Barras e o Parque São João

Tem o Itaú e o Big Shopping
Muita Jabuticabeira
A linda Vargem das Flores
Que é uma obra Mineira
A eficiente Transcon
E o Cartório Nogueira

A José Faria da Rocha
Que circula o progresso
A pracinha da Glória
Renovada com sucesso
E a Guarda Municipal
Coibindo os excessos

A famosa Casa de Cacos
Que aqui foi construída
Verdadeira obra de arte
Não pode ser esquecida
Foram mais de vinte anos
Para que fosse concluída

Gente que tem seus negócios.
Seus empregos, suas crenças.
Gente que vai ao Iria Diniz
Para tratar suas doenças.
Gente que não paga imposto
E tem várias recompensas

Isto posto povo amigo
Cidadão de coragem
Eu dedico este cordel,
Uma simples homenagem
Aos lutadores destemidos
Moradores de Contagem

02/11/2010

BRINCADEIRAS DA INFANCIA




Se você tem certa idade
Então deve se lembrar
De quando era criança
Gostava de brincar
Não existia violência
Nem risco de machucar

Há de se relembrar
Os bons tempos de paz
Onde havia respeito
Entre a moça e o rapaz
As brincadeiras de antes
Hoje, só lembrança nos traz

 Na rua toda de terra
Jogava bolinha de gude
Depois da tarefa escolar
Podia nadar no açude
Colar papagaio com grude
Ou então brincar de Pude

Se chovia jogava finca
Na terra macia e molhada
E se ali formava uma turma
Era a hora da pelada
No barranco a meninada
A de fora era esperada

Muitos preferiam as pipas
Sem cerol de cortar a mão
Outros gostavam de correr
Brincando de Pega Ladrão
E alguns mais quietinhos
Distraiam jogando Pião

Havia uma brincadeira
Que era pura emoção
Uma garrafa de duas bocas
Era desenhada no chão
Passava-se de um lado a outro
Para não ser pego no Garrafão

Brincar de pular corda
Era para turma animada
Eles de Rouba-Bandeira
As meninas na Queimada
Haja energia para a turma
Que nunca se cansava

Todas elas de mãos dadas
Alegres em roda cantava
Samba lê lê esta doente
Esta com a cabeça quebrada
Samba lê lê precisava
É de uma boa palmada

Outras mais comportadas
Ficavam contando historinhas
Brincando de Passar Anel
Ou lendo uma revistinha
Também reuniam na varanda
Cozinhando de mentirinha

Havia até competição
De acertos no Bilboquê
Para iniciar a brincadeira
Era com “sala me mim guê
O sorvete colorido
A escolhida foi você

 No terreiro de toda casa
A distração era a Amarelinha
No quarto passavam horas
Se fazendo de mamãe filhinha
Brincando de Pêra Uva Maçã
Ou jogando ioiô de gominha

Atirei o pau no gato
Mas o gato não morreu...
Não se canta mais a musica
No passado alguém escreveu
Já ninou muita criança
Hoje, todo mundo a esqueceu

Pergunte uma criança de hoje
É provável não vai responder
Como que se joga Benti-Altas
Porque não veio a conhecer
Esta divertida brincadeira
O tempo nos fez esquecer

Também não vai entender
Porque não conhece nem viu
As aladas formigas Tanajuras
Que tanto nos divertiu
Correr, pular e pega-las
Não da mais porque ela sumiu

 Brincar de fazer cabana
Tico Tim Queimado, Bambolê
Três Marias, Cobra Cega
Atualmente a gente não vê
Mãe da Rua, foi esquecida
Ninguém sabe porquê

Hoje não tem rua de terra
No asfalto é perigoso brincar
Os veículos trafegam velozes
Com perigo de acidentar
E ainda existe o risco
De um moleque assaltar

 Mas tem uma explicação
Talvez seja esta a questão
A violência tomou conta
De fora do nosso portão
Brincar no computador
É a melhor a solução.
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